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20 de set. de 2011

Geografia - Geopolítica - Construção do espaço geográfico ao longo da história | Capitalismo e suas práticas mais comuns.


Há 10 mil anos o homem começou a exercer sua relativa capacidade de dominar a natureza e foi capaz de domesticar animais e cultivar a terra. Tinha, então, inicío a sedentarização do homem, que deixou aos poucos a vida nômade. As relações sociais iam ficando mais bem estabelecidas, a ocupação do solo foi-se tornando permanente e foram surgindo núcleospopulacionais em certos pontos, que mais tarde deram origem à cidades. Houve também o aumento gradativo das atividades econômicas e das relações políticas, com as quais a estrutura de poder passou a se configurar de maneira mais organizada e centralizada, além de mais estável e definida.
A CIDADE-ESTADO:
Séculos antes de cristo, as áreas do crescente fértil eram formadas por diversas cidades estado, uma forma de organização do território no qual o poder era centralizado num rei que detinha todo o poder político da área.
A configuração social e política nas cidades estado foi se dividindo, sendo dominada por elites locais, formadas por reis, nobres, sacerdotes e militares. Uma dasquestões mais importantes para essas cidades-estado era a segurança, pois todas estavam sempre sob ameaças de invasão por suas vizinhas.

IMPÉRIO ROMANO:
A Expansão dos territórios das cidades-estado, quer pela ocupação de novos estdos oupela anexação de territórios de outras cidades, deu origem a outra forma de organização do Estado: Os Impérios.
Grandes Impérios se desenvolveram, entre eles o romano, o mais importante para a civilização oriental. O império Romano iniciou sua expansão a partir da cidade de Roma, na península itálica. Esse gigantesco império estendeu seus limites pela maior parte do mundo conhecido na época: Europa, Norte da África e Ásia menor.
O Império romano representou a primeira tentativa de união econômica, política e social do ocidente com o oriente.
Eles fundaram cidades em seus domínios. Quando começou a decadência do império, as zonas urbanas também entraram em decadência e foram perdendo gradativamente suas características e importância. Uma nova forma de organização do espaço tomou conta da europa quando o Império Romano acabou: os feudos. Forma de organização com poder descentralizado políticamente, tendo como base a terra, com vínculos políticos, sociais e econômicos que visavam as diferentes propriedades e as formas de traalhá-las.
Durante a idade Média, o comércio esteve praticamente estagnado no continente Europeu. Algumas cidades Italianas, no entanto, mantiveram a efervecência de suas atividades mercantis. Nos séculos XIII e XIV hoouve uma retomanda do comércio da Europa, principalmente por meio terrestre. O movimento de caravanas e comerciantes ia se intensificando e, assim, feiras e rotas comerciais terrestres foram se multiplicando, e muitos desses locais de comércio deram origem a novas cidades, como Paris.
EXPANSÃO MARÍTIMA:
Nos séculos XV e XVI a Europa vivia um momento de reorganização territorial e de expanção de fronteiras. Os Europeus redescobriram o comércio, em especial das especiarias vindas do oriente, que alcançavam um altíssimo valor de troca na europa por serem conservadores naturais de almentos, sobretudo de carnes, que apodreciam com facilidade. Porém, a rota terrestre até as Índias era dominada pelos árabes e estes não permitiam que os cristãos passassem por terra para o território das especiarias.
Para contornar o problema, Portugueses e Espanhóis lançaram-se ao mar e acabaram por descobrir o “Novo Mundo”, batizado de América. Nessa empreitada, seguiram-se Ingllaterra, Holanda e França. A expanção marítima trouxe aos países a possibilidade de consolidar colônias, aumentando seus domínios territoriais, mercado consumidor e recursos naturais.
Em termos políticos, paralelamente à expansão marítima, os reinos europeus evoluíram para “Estados Nacionais”, que originariam países. A ideia de nação tomou corpo, atrelada aos traços culturais comuns. Reis com poder absoluto passaram a ter poder político sobre territórios gigantescos.
Mas, sem sombra de dúvida, foi com a revolução francesa que o conceito de nação tomou corpo da forma que a vemos hoje, baseado na unidade política. A questão das fronteiras estáveis e rigidamente estabelecidas, como forma de controle da político e econômico, amplia o conceito de Estado, até então ligado apenas com questões culturais.
A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, e durante o século XIX, teve início o processo de urbanização acelerada, que originou-se na inglaterra  e alastrou-se rapidamente pela europa. Com o aparecimento de unidades fabris, o espaço passou a ser organizado de uma forma diferente, que resultou nas cidades industriais.
Em pouco tempo, a Inglaterra tornou-se a nação mais poderosa do mundo. O Império Britânico singrava os sete mares e, por onde ia passando, ia dominando novos territórios. A vastidão de seu império era tanta que dizia-se ser o império “onde o sol nunca se punha”, pelo fato de haverem colônias americana em todos os continentes explorados na época, de forma que sempre havia luz em alguma parte do território inglês.
Na França e na Alemanha, como também em outros países da Europa, a R.I. ocorreu durante o século XIX. As nações que iam penetrando na R.I. iam também procurando estabelecer quantas colônias pudessem, buscando territórios principalmente na Àsia e na África. Esses territórios anexados eram essenciais para os países que se industrializavam pois garantiam o fornecimento de matéria prima e um mercado consumidor vasto. O resultado dessa corrida pela busca de novos territórios foi trágico para o sudeste da Ásia e principalmente para a África, que foi retalhada segundo os interesses europeus. A essa busca por novos territórios damos o nome de Imperialismo ou Partilha Colonial.
INÍCIO DO SÉCULO XX:
O Século XX iniciou-se sob forte tensão ocasionada pela corrida colonial e pela disputa por mercados consumidores, fontes de energia e de matéria prima, fatores essenciais para a continuidade das atividades industriais. O acirramento das tensões resultou em um acontecimento inédito, que se estendeu por todo o continente. Em 1914 iniciava-se a primeira Guerra Mundial.
Até 1917 a guerra permanecia indefinida, sem grandes avanços por nenhuma das partes envolvidas, até que os Estados Unidos – até então neutros- resolveram lutar do lado dos franceses e ingleses. Entre esse período indefinido da guerra, o comércio dos estados unidos se aqueceu muito, por que o país abastecia os dois lados da guerra, tornando-se assim o maior provedor do comércio mundial.
Com o fim da Guerra em 1918, uma nova configuração territorial se estabeleceu na Europa; o desmembramento do Império Austro Húngaro deu origem a novos países: Iugoslávia, Polônia, Tchecoslováquia e Hungria.
No intervalo entre guerras, a europa foi perdendo a supremacia para os Estados Unidos, que viria a se tornar a maior potência econômica da história. Por outro lado, a URSS passava por um período de consolidação do socialismo, deixando de ser um país agrário-feudal para se tornar a segunda potência mundial.
Os termos da rendição da Alemanha foram humilhantes – ela perdeu territórios e foi condenada a pagar uma pesada indenização aos vencedores. A paz mal feita e a humilhação alemã geraram novas tensões nos anos seguintes, resultando no surgimento de um forte sentimento nacionalista alemão, administrado pelo governo centralizado de extrema direita – Nazismo, que levou à remilitarização do país, que se tornou novamente uma grande potência bélica.
Em 1939 um novo conflito irrompeu envolvendo nações européias, o japão e – em 1941 – os EUA. A Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, com a vitória dos aliados (URSS, EUA, Inglaterra e França) sobre os países do Eixo (Alemanha, Itália, e Japão). O fim desse conflito marcou o início de uma forte disputa de caráter ideológico, político, econômico e militar entre EUA e URSS, as novas potências mundiais.
Essas disputas que marcaram os 30 anos que se seguiram. O embate entre socialismo e capitalismo em busca da hegemonia mundial marcou um período de clara divisão entre os que estavam a favor ou contra cada uma dessas potências. O mundo bipolarizado viveu momentos de tensão que quase desencadearam uma terceira – e talvez ultima – Guerra Mundial.
NAÇÃO E ESTADO:
Na atualidade, o conceito de Nação tornou-se fundamental para as identidades dos povos e um fator essencial para o condicionamento do comportamento dos indivíduos nas sociedades e destas como agentes políticos e sociais.
O cientista político Norberto Bobbio nos relata que a “Idade Média uma pessoa deveria se sentir antes de tudo um cristão, depois um borgonhês [região da frança Borgonha] e depois um francês”, (sendo que o sentir-se francês tinha, então, um significado inteiramente diferente do atual). “Na história recente do continente europeu, após a emergência do fenômeno nacional, foi invertida a ordem das lealdades. Assim, o sentimento de pertença a própria nação adquiriu uma posição de total preponderância sobre qualquer outro sentimento de pertença territorial, religiosa ou ideológica” (...).
Para Bobbio, “O termo nação, utilizado para designar os mesmos contextos significativos a que hoje se aplica, ou seja, à França, Inglaterra, etc., faz seu aparecimento na europa durante a Revolução Francesa. (...) o conteúdo semântico do termo, apesar de sua imensa força emocional, permanece ainda entre os mais confusos e incertos do dicionário político (...). Normalmente a Nação é consebida como um grupo de pessoas unidas por laços naturais e portanto eternos (...) e que por causa desses laços, se torna base necessária para a organização do poder sob forma de Estado Nacional. (...) grupos que teriam determinadas características comuns, tais como a língua, os costumes, a religião, o território e etc.”.
Na atualidade, o termo nação é aplicado a diferentes situações. Podemos ter uma nação que tenha mais de uma língua, além de outrso componentes culturais que a identifique separadamente sem deixar de formar uma unidade nacional.
Nesse sentido, a noção de Estado corresponde a uma forma de organização das sociedades para cuja existência contribuem três fatores: Um território delimitado por fronteiras fixas; Uma população que habite esse território e que aceite a inviolabilidade dessas fronteiras fixadas e Um poder político organizado, isso é, um governo que exerça sua autoridade sobre a população que vive no território delimitado pelas fronteiras estabelecidas.
1945: INÍCIO DE UMA NOVA ERA:
O mundo atual vive sob a égide do capitalismo. Esse sistema econômico e social surgiu na Europa, após o feudalismo, com o mercantilismo, e mais tarde se propagou pelo mundo todo.
Características do Capitalismo:
Influência da crise de 1929 – aumento da participação dos estados nas atividades econômicas – isso cria o chamado “capitalismo financeiro” que aparece quando o estado interfere em grandes empresas (como bancos) que é o sistema atual.
FASES DO CAPITALISMO:
Antes da economia se transformar em capitalismo financeiro, ela passou por algumas fases, que começaram com a criação do conceito de propriedades privadas e trabalhadores assalariados, que surgiram no século XVII.
Além disso, há a busca de lucro, investimento e retorno de capital, a livre iniciativa – que aparecem após o fim do trabalho feudal (como no Brasil ainda usávamos escravos, sob esse aspecto o capitalismo não existia, mas sob outros sim); e a divisão da população em classes (capitalistas e proletários).
Essas são as bases do capitalismo e, portanto, aparecem em todas as suas fases.
1ª Fase – Capitalismo Comercial: Ocorrida durante a fase de expansão marítima européia. Consistia em extrair o máximo de matéria prima e recursos naturais, gastando o mínimo possível. Exploração colonial entra nesse caso. (O quinto dos infernos vem dessa fase) à Busca de uma balança comercial favorável **LEMBRAR DA AULA DO JORGE!
2ª Fase – Capitalismo Comercial: Começa na Inglaterra com a primeira revolução industrial e é marcada pela busca por mercado consumidor em todo o mundo (escala de produção tornava-se cada vez maior, rendia mais) à Ao invés de vender 2000 produtos à 50,00, preferiam vender 4000 produtos por 30,00 – Faça as contas, isso dá um retorno maior, ao mesmo tempo que torna o produto mais acessível à população (mais barato). É uma fase marcada pelo desenvolvimento das linhas de montagem também, como no fordismo em que houve o aumento da produtividade com o uso adequado das horas de trabalho e o aumento do salário e do tempo livre do trabalhador, que passaram a poder comprar o produto que estavam fabricando. à Divisão do trabalho MUITO pesente nesse processo.
3ª Fase – Capitalismo Financeiro: Há uma mudança no papel do Estado, que com medo de uma outra guerra ou outra crise financeira, passa a ser um regulador da economia, injetando capital em diversas empresas grandes. Anos 50 e 60 começa a aparecer uma outra constituição econômica baseada na troca e formação de franquias e filiais à começa o processo de globalização (multinacionais e transnacionais). Produtos dos países mais ricos invadem outros países.
PRÁTICAS MONOPOLISTAS:
Com a globalização ascendente em todo o planeta, algumas empresas adotaram práticas monopolistas para poderem ter o controle de diferentes setores da economia.
TRUSTE: É uma prática monopolista que aparece quando diferentes empresas se unem para dominar um setor da economia. Como quando uma parceria é feita entre a industria extrativista (pedras), a fábrica transformadora (que usa a pedra pra fazer cimento) e a fábrica de embalagens (para o cimento) à Desde a matéria prima até a embalagem são feitas por parceiras, o que abaixa o preço final do produto, que faz com que essa compania domine esse setor econômico – todos preferem comprar deles por causa do baixo preço. O poder de companias como essa é gigantesco e uma forma de controlá-lo que o governo encontrou foi a criação de empresas estatais (que pertencem ao governo) que também fazem truste (como a Petrobrás).
CARTEL: As empresas permanecem independentes (continuam tendo autonomia), mas estabelecem acordos de preços comuns, cotas de mercado e regionalização (diferença de preços entre as áreas de atuação da empresa) à Esses acordos impediam que houvesse a concorrencia, o que mantinha os preços altos. No Brasil, foi necessário a criação de leis anti-cartel e anti-truste para que os preços, que estavam extremamente altos, voltassem a baixar. 
   à A industria farmacêutica no Brasil, há alguns anos, formava um cartel que mantinha os preços muito altos. Foi necessário que o governo pagasse para que houvessem laboratórios que deveriam produzir remédios por  um preço mais baixo. A indignação de várias empresas foi tanta, que chegaram a acusar o governo de estar “legalizando a pirataria” por causa da instalação da produção e venda dos remédios genéricos.
HOLDINGS: Formados por grupos de acionistas que influem em várias empresas diferentes. Preocupam-se com a valorização ou desvalorização de empresas e produtos no mercado. Como os produtos de empresas menores (que as vezes dependem muito desses investimentos para continuarem funcionando) quase não são valorizados, pouquíssimos acionistas – quase nenhum – investe nelas, que sem esse investimento, acabam fechando.

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