Há 10 mil anos o homem começou a exercer sua
relativa capacidade de dominar a natureza e foi capaz de domesticar animais e
cultivar a terra. Tinha, então, inicío a sedentarização do homem, que deixou
aos poucos a vida nômade. As relações sociais iam ficando mais bem
estabelecidas, a ocupação do solo foi-se tornando permanente e foram surgindo
núcleospopulacionais em certos pontos, que mais tarde deram origem à cidades.
Houve também o aumento gradativo das atividades econômicas e das relações
políticas, com as quais a estrutura de poder passou a se configurar de maneira
mais organizada e centralizada, além de mais estável e definida.
A CIDADE-ESTADO:
Séculos antes de cristo, as áreas do
crescente fértil eram formadas por diversas cidades estado, uma forma de
organização do território no qual o poder era centralizado num rei que detinha
todo o poder político da área.
A configuração social
e política nas cidades estado foi se dividindo, sendo dominada por elites
locais, formadas por reis, nobres, sacerdotes e militares. Uma dasquestões mais
importantes para essas cidades-estado era a segurança, pois todas estavam
sempre sob ameaças de invasão por suas vizinhas.
IMPÉRIO ROMANO:
A Expansão dos territórios das
cidades-estado, quer pela ocupação de novos estdos oupela anexação de
territórios de outras cidades, deu origem a outra forma de organização do
Estado: Os Impérios.
Grandes Impérios se desenvolveram, entre eles
o romano, o mais importante para a civilização oriental. O império Romano
iniciou sua expansão a partir da cidade de Roma, na península itálica. Esse
gigantesco império estendeu seus limites pela maior parte do mundo conhecido na
época: Europa, Norte da África e Ásia menor.
O Império romano representou a primeira
tentativa de união econômica, política e social do ocidente com o oriente.
Eles fundaram cidades em seus domínios. Quando
começou a decadência do império, as zonas urbanas também entraram em decadência
e foram perdendo gradativamente suas características e importância. Uma nova
forma de organização do espaço tomou conta da europa quando o Império Romano
acabou: os feudos. Forma de organização com poder descentralizado
políticamente, tendo como base a terra, com vínculos políticos, sociais e
econômicos que visavam as diferentes propriedades e as formas de traalhá-las.
Durante a idade Média, o comércio esteve
praticamente estagnado no continente Europeu. Algumas cidades Italianas, no
entanto, mantiveram a efervecência de suas atividades mercantis. Nos séculos
XIII e XIV hoouve uma retomanda do comércio da Europa, principalmente por meio
terrestre. O movimento de caravanas e comerciantes ia se intensificando e,
assim, feiras e rotas comerciais terrestres foram se multiplicando, e muitos
desses locais de comércio deram origem a novas cidades, como Paris.
EXPANSÃO MARÍTIMA:
Nos séculos XV e XVI a Europa vivia um
momento de reorganização territorial e de expanção de fronteiras. Os Europeus
redescobriram o comércio, em especial das especiarias vindas do oriente, que
alcançavam um altíssimo valor de troca na europa por serem conservadores
naturais de almentos, sobretudo de carnes, que apodreciam com facilidade.
Porém, a rota terrestre até as Índias era dominada pelos árabes e estes não
permitiam que os cristãos passassem por terra para o território das
especiarias.
Para contornar o problema, Portugueses e
Espanhóis lançaram-se ao mar e acabaram por descobrir o “Novo Mundo”, batizado
de América. Nessa empreitada, seguiram-se Ingllaterra, Holanda e França. A
expanção marítima trouxe aos países a possibilidade de consolidar colônias,
aumentando seus domínios territoriais, mercado consumidor e recursos naturais.
Em termos políticos, paralelamente à expansão
marítima, os reinos europeus evoluíram para “Estados Nacionais”, que
originariam países. A ideia de nação tomou corpo, atrelada aos traços culturais
comuns. Reis com poder absoluto passaram a ter poder político sobre territórios
gigantescos.
Mas, sem sombra de dúvida, foi com a
revolução francesa que o conceito de nação tomou corpo da forma que a vemos
hoje, baseado na unidade política. A questão das fronteiras estáveis e
rigidamente estabelecidas, como forma de controle da político e econômico,
amplia o conceito de Estado, até então ligado apenas com questões culturais.
A partir do século XVIII, com a Revolução
Industrial, e durante o século XIX, teve início o processo de urbanização
acelerada, que originou-se na inglaterra
e alastrou-se rapidamente pela europa. Com o aparecimento de unidades
fabris, o espaço passou a ser organizado de uma forma diferente, que resultou
nas cidades industriais.
Em pouco tempo, a Inglaterra tornou-se a nação
mais poderosa do mundo. O Império Britânico singrava os sete mares e, por onde
ia passando, ia dominando novos territórios. A vastidão de seu império era
tanta que dizia-se ser o império “onde o sol nunca se punha”, pelo fato de
haverem colônias americana em todos os continentes explorados na época, de
forma que sempre havia luz em alguma parte do território inglês.
Na França e na Alemanha, como também em
outros países da Europa, a R.I. ocorreu durante o século XIX. As nações que iam
penetrando na R.I. iam também procurando estabelecer quantas colônias pudessem,
buscando territórios principalmente na Àsia e na África. Esses territórios
anexados eram essenciais para os países que se industrializavam pois garantiam
o fornecimento de matéria prima e um mercado consumidor vasto. O resultado
dessa corrida pela busca de novos territórios foi trágico para o sudeste da Ásia e principalmente para a África, que foi retalhada segundo os interesses
europeus. A essa busca por novos territórios damos o nome de Imperialismo ou
Partilha Colonial.
INÍCIO DO SÉCULO XX:
O Século XX iniciou-se sob forte tensão
ocasionada pela corrida colonial e pela disputa por mercados consumidores,
fontes de energia e de matéria prima, fatores essenciais para a continuidade
das atividades industriais. O acirramento das tensões resultou em um
acontecimento inédito, que se estendeu por todo o continente. Em 1914
iniciava-se a primeira Guerra Mundial.
Até 1917 a guerra permanecia indefinida, sem
grandes avanços por nenhuma das partes envolvidas, até que os Estados Unidos –
até então neutros- resolveram lutar do lado dos franceses e ingleses. Entre
esse período indefinido da guerra, o comércio dos estados unidos se aqueceu
muito, por que o país abastecia os dois lados da guerra, tornando-se assim o
maior provedor do comércio mundial.
Com o fim da Guerra em 1918, uma nova
configuração territorial se estabeleceu na Europa; o desmembramento do Império
Austro Húngaro deu origem a novos países: Iugoslávia, Polônia, Tchecoslováquia
e Hungria.
No intervalo entre guerras, a europa foi
perdendo a supremacia para os Estados Unidos, que viria a se tornar a maior
potência econômica da história. Por outro lado, a URSS passava por um período
de consolidação do socialismo, deixando de ser um país agrário-feudal para se
tornar a segunda potência mundial.
Os termos da rendição da Alemanha foram
humilhantes – ela perdeu territórios e foi condenada a pagar uma pesada
indenização aos vencedores. A paz mal feita e a humilhação alemã geraram novas
tensões nos anos seguintes, resultando no surgimento de um forte sentimento
nacionalista alemão, administrado pelo governo centralizado de extrema direita –
Nazismo, que levou à remilitarização do país, que se tornou novamente uma
grande potência bélica.
Em 1939 um novo conflito irrompeu envolvendo
nações européias, o japão e – em 1941 – os EUA. A Segunda Guerra Mundial
terminou em 1945, com a vitória dos aliados (URSS, EUA, Inglaterra e França)
sobre os países do Eixo (Alemanha, Itália, e Japão). O fim desse conflito
marcou o início de uma forte disputa de caráter ideológico, político, econômico
e militar entre EUA e URSS, as novas potências mundiais.
Essas disputas que marcaram os 30 anos que se
seguiram. O embate entre socialismo e capitalismo em busca da hegemonia mundial
marcou um período de clara divisão entre os que estavam a favor ou contra cada
uma dessas potências. O mundo bipolarizado viveu momentos de tensão que quase
desencadearam uma terceira – e talvez ultima – Guerra Mundial.
NAÇÃO E ESTADO:
Na atualidade, o conceito de Nação tornou-se
fundamental para as identidades dos povos e um fator essencial para o
condicionamento do comportamento dos indivíduos nas sociedades e destas como
agentes políticos e sociais.
O cientista político Norberto Bobbio nos
relata que a “Idade Média uma pessoa deveria se sentir antes de tudo um
cristão, depois um borgonhês [região da frança Borgonha] e depois um francês”,
(sendo que o sentir-se francês tinha, então, um significado inteiramente
diferente do atual). “Na história recente do continente europeu, após a
emergência do fenômeno nacional, foi invertida a ordem das lealdades. Assim, o
sentimento de pertença a própria nação adquiriu uma posição de total
preponderância sobre qualquer outro sentimento de pertença territorial,
religiosa ou ideológica” (...).
Para Bobbio, “O termo nação, utilizado para designar
os mesmos contextos significativos a que hoje se aplica, ou seja, à França,
Inglaterra, etc., faz seu aparecimento na europa durante a Revolução Francesa.
(...) o conteúdo semântico do termo, apesar de sua imensa força emocional,
permanece ainda entre os mais confusos e incertos do dicionário político (...).
Normalmente a Nação é consebida como um grupo de pessoas unidas por laços
naturais e portanto eternos (...) e que por causa desses laços, se torna base
necessária para a organização do poder sob forma de Estado Nacional. (...)
grupos que teriam determinadas características comuns, tais como a língua, os
costumes, a religião, o território e etc.”.
Na atualidade, o termo nação é aplicado a
diferentes situações. Podemos ter uma nação que tenha mais de uma língua, além
de outrso componentes culturais que a identifique separadamente sem deixar de
formar uma unidade nacional.
Nesse sentido, a
noção de Estado corresponde a uma forma de organização das sociedades para cuja
existência contribuem três fatores: Um território delimitado por fronteiras
fixas; Uma população que habite esse território e que aceite a inviolabilidade
dessas fronteiras fixadas e Um poder político organizado, isso é, um governo
que exerça sua autoridade sobre a população que vive no território delimitado
pelas fronteiras estabelecidas.
1945: INÍCIO DE UMA NOVA ERA:
O mundo atual vive sob a égide do
capitalismo. Esse sistema econômico e social surgiu na Europa, após o
feudalismo, com o mercantilismo, e mais tarde se propagou pelo mundo todo.
Características do Capitalismo:
Influência da crise de 1929 – aumento da
participação dos estados nas atividades econômicas – isso cria o chamado “capitalismo
financeiro” que aparece quando o estado interfere em grandes empresas (como
bancos) que é o sistema atual.
FASES DO CAPITALISMO:
Antes da economia se transformar em
capitalismo financeiro, ela passou por algumas fases, que começaram com a
criação do conceito de propriedades privadas e trabalhadores assalariados, que
surgiram no século XVII.
Além disso, há a busca de lucro, investimento
e retorno de capital, a livre iniciativa – que aparecem após o fim do trabalho
feudal (como no Brasil ainda usávamos escravos, sob esse aspecto o capitalismo não
existia, mas sob outros sim); e a divisão da população em classes (capitalistas
e proletários).
Essas são as bases do capitalismo e,
portanto, aparecem em todas as suas fases.
1ª
Fase – Capitalismo Comercial: Ocorrida durante a fase de
expansão marítima européia. Consistia em extrair o máximo de matéria prima e
recursos naturais, gastando o mínimo possível. Exploração colonial entra nesse
caso. (O quinto dos infernos vem dessa fase) à Busca de uma balança comercial favorável
**LEMBRAR DA AULA DO JORGE!
2ª
Fase – Capitalismo Comercial: Começa na Inglaterra com a
primeira revolução industrial e é marcada pela busca por mercado consumidor em
todo o mundo (escala de produção tornava-se cada vez maior, rendia mais) à Ao invés de vender 2000
produtos à 50,00, preferiam vender 4000 produtos por 30,00 – Faça as contas,
isso dá um retorno maior, ao mesmo tempo que torna o produto mais acessível à
população (mais barato). É uma fase marcada pelo desenvolvimento das linhas de
montagem também, como no fordismo em que houve o aumento da produtividade com o
uso adequado das horas de trabalho e o aumento do salário e do tempo livre do
trabalhador, que passaram a poder comprar o produto que estavam fabricando. à Divisão do trabalho MUITO
pesente nesse processo.
3ª
Fase – Capitalismo Financeiro: Há uma mudança no papel do
Estado, que com medo de uma outra guerra ou outra crise financeira, passa a ser
um regulador da economia, injetando capital em diversas empresas grandes. Anos
50 e 60 começa a aparecer uma outra constituição econômica baseada na troca e
formação de franquias e filiais à
começa o processo de globalização (multinacionais e transnacionais). Produtos
dos países mais ricos invadem outros países.
PRÁTICAS MONOPOLISTAS:
Com a globalização ascendente em todo o
planeta, algumas empresas adotaram práticas monopolistas para poderem ter o
controle de diferentes setores da economia.
TRUSTE:
É
uma prática monopolista que aparece quando diferentes empresas se unem para
dominar um setor da economia. Como quando uma parceria é feita entre a
industria extrativista (pedras), a fábrica transformadora (que usa a pedra pra
fazer cimento) e a fábrica de embalagens (para o cimento) à Desde a matéria prima até a
embalagem são feitas por parceiras, o que abaixa o preço final do produto, que
faz com que essa compania domine esse setor econômico – todos preferem comprar
deles por causa do baixo preço. O poder de companias como essa é gigantesco e
uma forma de controlá-lo que o governo encontrou foi a criação de empresas
estatais (que pertencem ao governo) que também fazem truste (como a Petrobrás).
CARTEL:
As
empresas permanecem independentes (continuam tendo autonomia), mas estabelecem
acordos de preços comuns, cotas de mercado e regionalização (diferença de
preços entre as áreas de atuação da empresa) à Esses acordos impediam que houvesse a
concorrencia, o que mantinha os preços altos. No Brasil, foi necessário a
criação de leis anti-cartel e anti-truste para que os preços, que estavam
extremamente altos, voltassem a baixar.
à A industria farmacêutica no Brasil, há alguns
anos, formava um cartel que mantinha os preços muito altos. Foi necessário que
o governo pagasse para que houvessem laboratórios que deveriam produzir
remédios por um preço mais baixo. A
indignação de várias empresas foi tanta, que chegaram a acusar o governo de
estar “legalizando a pirataria” por causa da instalação da produção e venda dos
remédios genéricos.
HOLDINGS:
Formados
por grupos de acionistas que influem em várias empresas diferentes.
Preocupam-se com a valorização ou desvalorização de empresas e produtos no
mercado. Como os produtos de empresas menores (que as vezes dependem muito
desses investimentos para continuarem funcionando) quase não são valorizados,
pouquíssimos acionistas – quase nenhum – investe nelas, que sem esse
investimento, acabam fechando.